"Ao ser o que somos, o somos na linguagem"

ÍCARO E A LUA

29-11-2011 09:16

 

Dos becos escuros gritam em desatino
Angústias e esperanças da juvenil revoada
Começando sua busca, uma mística jornada
Inaugurada pela arrepiante badalada d"um sino

Não existiria objetivo, não fosse ele divino
Justificando o sol que ardia em sua face
Fornecendo o calor àquele fatal desenlace
Carregando su"alma nas tristes asas do destino.

No átrio a Lua o recebe, com sua luz caridosa,
Aquele que liderou os homens, de forma corajosa,
Contra a apolínea maldição no sonho do menino:

"Seu erro foi trocar a noite, mais formosa,
Onde minhas estrelas brilham em carícia luminosa,
Pela estrela única de um deus tolo e cabotino."

 

Grigório Maurício Rocha

© Diretório Acadêmico de Letras da Faculdade Ages, 2010-2012

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