"Ao ser o que somos, o somos na linguagem"
Dos becos escuros gritam em desatino
Angústias e esperanças da juvenil revoada
Começando sua busca, uma mística jornada
Inaugurada pela arrepiante badalada d"um sino
Não existiria objetivo, não fosse ele divino
Justificando o sol que ardia em sua face
Fornecendo o calor àquele fatal desenlace
Carregando su"alma nas tristes asas do destino.
No átrio a Lua o recebe, com sua luz caridosa,
Aquele que liderou os homens, de forma corajosa,
Contra a apolínea maldição no sonho do menino:
"Seu erro foi trocar a noite, mais formosa,
Onde minhas estrelas brilham em carícia luminosa,
Pela estrela única de um deus tolo e cabotino."
Grigório Maurício Rocha